Fecho os olhos e continuas aqui. É como eu sei que não estás mais do lado de cá. Conversas longas, longas, (Re-)invento dialogos completos porque ainda preciso das suas respostas. Me faço mais inteligente neles, sei que vais entender. Do teu lado sempre me senti tão pequena, não que importasse, ao menos não para você.
E eu incho, como se estivesse chorando para dentro. Como cada célula lamentasse e não houvesse por onde vazar a dor da partida sem adeus. Por quê, se não cala os demónios. Se aqueles para quem atiro perguntas estão cada vez mais do outro lado da vida. Onde ja nao há respostas, ou não nos alcançam.
Talvez almeje o redondo, sem ângulos desconfortáveis que desliza sem desassossegos grandes, apenas com a gravidade como motor.
São cada vez são mais os que atravessam a ponte definitiva. A bênção da vida longa vem com o fardo de ficar cada vez mais acompanhado apenas das lembranças dos tantos que cruzaram o nevoeiro. E eu sou muito nova para já saber disso. A ponte que nos une é de fumaça e o isqueiro está logo ali.
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