Vozes a mais na minha cabeça. Algumas gritam, bem perto das
artérias principais das minhas vias neuronais. Outras sussurram, algumas entoam
apenas mantras repetitivos, que, se eu me concentrasse apenas nelas, embalariam
meus sonhos naquelas madrugadas compridas, que sempre amanhecem segunda-feira.
Todas, de sua maneira particular me questionam. Aonde você vai
com isto? Enlouqueceu? Porque não fez isso antes? Você sabe que vai se ferrar
de verde e amarelo, não sabe? E eu, que não tenho uma única resposta para
gritar, sussurrar, entoar em mantra de volta, calo-me. Enquanto encho mais um cálice de tequila. Para
que, finalmente bêbada, essa rebelião adormeça em um sonho semi-comatoso. E me deixe em paz, me entregar para você. Que,
descubro agora, nunca gostou de mulheres que bebem.
Um comentário:
Sempre gostei de mulheres que bebem
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