Tocava, a alma toda na ponta da dos dedos, arrancando diminutos tristes em oitavas impossíveis. Fechou os olhos e embarcou na melodia, leve, feito cegonha em viagem de volta. Esqueceu onde estava e, por um breve segundo, esqueceu até o condomínio atrasado. Soltou a voz morna fazendo arrepiar as espinhas em volta e marejar os olhos da moça apaixonada. Mergulhou nesse êxtase tântrico por duas horas. Findo o horário combinado guardou o violão, agradeceu e se despediu deixando a platéia orfã e inconformada. Mais um dia de àrdua labuta que se encerra.
6 comentários:
Eita, uma narrativa maravilhosa. Tece, vai crescendo para terminar numa situação nada casual.
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hábraços,claudio
Oi Nandi!
Gostei.
Beijos do CC.
Texto curto e belo. Gostei do seu blog.
sua narrativa uma delícia... quem dera eu conseguir traduzir em tão pouco o muito que vc consegue!
Bem narrado. Mescla de sentimentos... bom!
puro ritmo!
tudo a ver com o tema... nada a dever pro garcia marques...
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