Chamara-o ali pensando em acabar de vez com essa enrolação de anos. Vontade de despejar tudo. Assim mesmo, ao vivo e a cores. Conhecia Rui desde os tempos em que ele a perseguia no pátio do jardim de infancia com a meleca fresca na ponta do dedo. Tinham dividido todos os bancos do colégio e dividiam agora o lanche do Mac. Medo. Da reação depois de tantos anos de companheirismo fraternal apesar do descrédito dos demais. Mas precisava de respostas objetivas para seguir respirando sabendo dos seus pés e do chão. Ana olhou para o amigo e de um folego decidiu.
Rui olho de soslaio para a amiga e de longa data e lembrou todas as vezes em que as palavras tinham ficado dançando na ponta da língua. De todos os momentos em que quase...
Nunca dissera nada e agora sentia-se aliviado por isso. Poderia ter estragado uma amizade perfeita. Pensou na felicidade da amiga quando contasse da menina que conhecera no outro dia.
"-Mas fala Ana, o que vc quer me falar? Parecia importante ao telefone!"
Um comentário:
Uma saudade calou forte em meu peito!Lembranças.
hábeijos
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