Primeiro foi esse seu jeito de olhar que não permite segredos. Nunca houve par de olhos castanhos mais intrusos! Depois, essa voz, esse timbre madeira trabalhada por um artesão afamado e que provoca cócegas no ouvido. Por longos minutos você foi só voz, palavras que o cérebro é incapaz de processar, hipnotizado pelos seus olhos ganhando novas nuances a cada mudança de luz. A boca mastigando cada sílaba, a dança ritmada dos músculos faciais produziam um som que reverberava nas paredes da sala, a escala inteira de dó sustenido afinando o seu discurso!
A lista de ingredientes fundamentais foi mentalmente consultada...o corpo... feito sob encomenda, sem maiores exageros ou carências acelerava o meu pulso cada vez que uma nova inspiração expandia seu tórax. A graça ensaiada surtiu efeito e você sorriu um sorriso de candeeiro em beco escuros inoculando pensamentos nada cristãos. O abraço antecedeu o amasso e o final foi aquele que todo o mundo já espera. Despertei com o sol a pino castigando meus sentidos entorpecidos. Sozinha, desnuda e sem carteira. Do meu lado, apenas um bilhete em português precário "bon dia Sinderela"!
6 comentários:
Bons dias, minha cara. Volta com a carga toda num conto pra lá de desejoso!
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hábraços
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claudio
bebeu do copo de estranhos? Mamãe não ensinou que não pode? Heheheheh
Não pare de escrever.
Voltaste... só é pena usares palavras que não conheço... mas isto está muito bom.
jokas.
então retornas...recebeu meu último email...não se finja de morta!
Oi!
Beijos
Joana
voltou e foi de novo?
delícia das delícias esse texto dona sinderela!
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